terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A MAGIA DOS MAGOS

Em meio a tanta espera pelo salvador o menino nasceu. Nasceu bem longe, escondido de todos os holofotes e paparazzi. E rumo ao bebê foram os magos. Seguindo a estrela guia viajaram dias para presentear o recém-nascido. Três majestades caminhando pelo mundo a procura da resposta que queriam.
Os homens seguem assim também. Andam, perambulam, arrastam-se pelo mundo à procura de resposta. Mas ao contrário dos magos, que sabiam o que encontrariam ao fim da caminhada, estes homens, sapiens por convenção, não sabem o que buscam, se é que ainda buscam. Talvez já desistiram de buscar e continuam andando apenas por incapacidade de pensar em algo melhor.
Tão ruim quando ficar parado esperando que o tempo faça o seu trabalho é vagar por aí sem rumo. E a pergunta que se faz é onde e quando esse rumo se perdeu? Será que havia um mapa e ele foi barganhado em uma esquina qualquer a troco de um punhado de arrogância e outro tanto de esperteza?
Há muito precisa-se que um novo Messias nasça. Pelo menos alguém que finja sê-lo, mas o faça bem feito e com boas intenções. Há muito a humanidade se perdeu e não faz questão nenhuma de se endireitar-se. A rua foi entortada por quem tinha força para tal e os peregrinos seguiram (sem reclamar) o novo e torto caminho.
Hoje o céu abriu, pode ser que ao anoitecer apareça alguma estrela, que, comovida com nossa falta de rumo, resolva nos orientar. Orientação sem sensacionalismo, sem partido, sem dízimo, sem promessa e sem segundas intenções. Pode ser que por milagre divino, ciência humana ou magia real os homens (re)descubram o significado e o valor de humildade.

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