quinta-feira, 12 de julho de 2012

FINANCIAMENTO DE CAMPANHA: UM TEMA A SER PENSADO

Quem viu as declarações de bens dos nossos candidatos e suas previsões de gastos já deve ter se indagado de onde vem esse dinheiro. E logo em seguida se questionado sobre qual a melhor forma de se fazer uma campanha. Com dinheiro público, privado ou misto?

Não sei qual a melhor forma, qual a forma ideal. Um financiamento privado é menos oneroso à população (será mesmo?), mas dá chances desiguais aos candidatos. Quem tem mais influência, quem tem amigos mais abastados leva vantagem sobre quem não tem tanta influência assim. Seria cada um por si. Mas a troco de quê uma pessoa, uma empresa investe milhares, centenas de milhares de reais numa campanha política? Seria simplesmente por caridade ou ela vai querer um ressarcimento após a eleição, onerando assim a população?

E quando o financiamento é público a primeira coisa que vem à cabeça do cidadão é que estão gastando o dinheiro que poderia ser investido em saúde, educação, segurança e tudo mais. Mas, sendo os gastos das campanhas todos bancados pelo poder público, não seria mais justo? Não seriam dadas condições iguais aos candidatos? E além disso, acredito que não ficariam devendo favores a nenhum amigo que resolveu investir seu precioso dinheiro na campanha.

Fica então essa dúvida. Qual modo pesa mais sobre o bolso da população? Apenas o Estado (nós) financiando as campanhas, pois assim poderemos ter mais certeza de quanto estamos pagando, ou campanhas a base de doações, que por ventura serão ressarcidas (por cima ou por baixo do panos) após a eleição?